sábado, 17 de dezembro de 2011

Do nascimento aos seis meses

Pandora foi deixada sobre uma porta no quintal de minha casa. Era uma noite fria de junho , em plena madrugada quando ouvi os miados de um gatinho. A princípio achei que se tratava de alguma disputa de território pela vizinhança, coisa comum por aqui, mas os miados eram altos , quase gritos, então resolvi abrir a janela para verificar.
Quando vi aquela coisinha, presa entre duas paredes a dois metros do chão, não pensei, corri para fora ao mesmo tempo em que acordei toda a família para que me ajudassem a tirá-la de lá.
Foi o Rafael quem primeiro chegou a ela. Tirou a pequenina de cima da porta e entregou para mim. . Ela tremia de frio, estava gelada e já não emitia nenhum som quando abria a boquinha. Acho que ela usaou as últimas forças vocais para pedir por socorro.
Enfim, minutos depois estava com ela debaixo de um chuveiro morno, esperando que sua temperatura aumentasse e ela parasse de tremer. Aconcheguei -a numa toalha e abri um sache de comida para gatinhos.
Meus filhotes estavam curiosos com a novidade e até gostaram pois abri um pacotinho para dividir para eles  também..
Pandora foi batizada ali mesmo, era uma caixinha de  surpresas essa pequena. Pulgas, vermes, uma carinha triste e muita fome, fome que para ela não devia ser estranha pois estava só pele e osso.
Pandora nos conquistou. conquistou uma familia humana e uma familia felina. Ela é querida por todos e hoje já não tem o olhar triste de quando a encontramos.
Nunca me perguntei quem a deixou ali, nem me interessou saber. Casas onde há gatos são visadas por pessoas que querem abandonar animais, e eu nunca escondi os  meus filhotes.
Apresento minha filha ,Pandora.